CASIMIRO
JOSÉ DE MORAES SARMENTO, 13º presidente, nomeado por carta imperial de 4 de
abril de 1845. Foi presidente das províncias do Rio Grande do Norte, nomeado
por carta imperial de 4 de abril de 1845, de 28 de abril de 1845 a 9 de outubro
de 1847. Cassimiro, natural de Oeiras, estado do Piauí, nascido a 13 de agosto de 1813 e
faleceu em Angra dos Reis, no dia 01 de
fevereiro de 1860, filho do tenente-coronel Joaquim Antonio de Morais Sarmento
e de Ana Carolina de Morais e Silva. ERA BACHAREL EM Direito pela Faculdade de
recife, turma de 1836 e Doutor Pela mesma faculdade, em 1845. Era lente da
Escola Militar e de Aplicação do Rio de Janeiro, as honras de major, sendo
depois Oficial da Ordem da Rosa. Foi deputado provincial pelo Rio Grande do
Norte nos períodos de 03/5/1848 a 5/10/1848 e de 14/10/1847 a 12/5/1848 e
eleito pelo Ceará no período de 01/01/1850 a 04/9/1852.
Tinha um
irmão cinco anos mais novo chamado Leôncio Joaquim de M. Sarmento, que viria a
batizar seu filho com o mesmo nome de seu tio ilustre; este segundo Casimiro
viria a ser genro de um prestigiado farmacêutico oeirense chamado Anfrísio
Avelino, cuja família se estabeleceu naquela capital no início do século XIX,
vinda de Portugal.
Matriculado na Faculdade de Direito de Olinda,
recebeu grau de bacharel em 21 de outubro de 1836 e, em 6 de março de 1840, o
grau de doutor, com aprovação plena, o primeiro piauiense a conquistá-lo. Ainda
quando estudante de Direito, redacionou a revista Argos Olindense, junto com
seus colegas Francisco José Furtado, Antônio Borges Leal Castelo Branco
Depois de
assentar banca de advogado em Recife, aceitou, em 1843, a nomeação de
secretário do governo da província do Maranhão, cuja presidência estava a cargo
de Jerônimo Martiniano Figueira de Melo. Antes de dois anos de exercício, foi
nomeado, por carta imperial de 4 de abril de 1845, presidente do Rio Grande do
Norte, tomando posse no dia 28 do mesmo mês. Encontrou a província em estado
precário, devido à seca que assolara a região por três anos. Sua administração
foi caracterizada por medidas de combate à estiagem, além de investimentos na
educação. Contou com o apoio majoritário da Assembleia Provincial, então
presidida por João Valentino Dantas Pinajé, como expresso em mensagem daquela
casa legislativa ao imperador de 18 de setembro de 1847
Todavia,
sete dias antes, carta imperial transferiu-o para a província do Ceará, cuja
administração assumiu em 14 de outubro seguinte. Em sua gestão, foi inaugurado
o primeiro serviço de iluminação pública de Fortaleza, a óleo de peixe,
compondo-se de 44 lampiões de quatro faces, pendurados nas esquinas. O
contratante era o português naturalizado brasileiro Vitoriano Augusto Borges.
No mês anterior, ocorreu a inauguração do primeiro cemitério público da capital
da província, o São Casemiro. Até então, o sepultamento dos cadáveres era feito
na Igreja do Rosário, a mais antiga da cidade, na capela do quartel de primeira
linha, há muito destruída, na igreja da Sé, ainda em construção. Sua edificação
estava autorizada desde 1844, pela lei provincial n.º 318, sancionada pelo
então presidente Bittencourt. Mas, ficando sua execução dependente da
publicação do respectivo regulamento, este só foi publicado em 16 de março de 1848,
feito por Morais Sarmento...
No fim
do ano de 1847, ocorreram eleições para deputados à Assembleia Geral do
Império, e Casemiro foi eleito pela província do Rio Grande do Norte, contando
com o apoio do senador José Martiniano de Alencar, do qual se aproximara ao
chegar ao Ceará. Em 14 de abril de 1848, passou o governo da província para o
primeiro vice-presidente, o major João Crisóstomo de Oliveira, e seguiu para a
Corte na Câmara temporária. Esta, porém, foi dissolvida pelo novo gabinete
conservador encabeçado pelo Visconde de Olinda por decreto de 19 de fevereiro
de 1849. Ainda assim, ele reeleito para a legislatura seguinte, de 1850 a 1852.
Foi posteriormente inspetor geral da Instrução Pública do Maranhão e inspetor
da fazenda da mesma província.
Terminado
seu mandato legislativo, estabeleceu banca de advogado em Oeiras, onde redigiu
o jornal Oeirense. De volta à Corte, em 1857, também ali passou a atuar como
advogado e tomou parte na redação do Correio Mercantil. No ano seguinte, foi
nomeado lente catedrático de Direito das Gentes da Escola Militar e de
Aplicação do Exército, vindo a falecer dois anos depois, aos 47 de idade.
Era casado
com Isabel Cândida de Morais Sarmento, com quem não teve filhos. Depois de
viúva, passou a sofrer de problemas mentais, vindo a falecer sob os cuidados de
seu cunhado, José Bernardo Galvão Alcoforado
FONTE –
WIKIPÉDIA
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